Henry K Beecher popularizou o conceito anterior de "efeito placebo" num artigo com grande impacto, publicado em 1955.
A ideia de que um agente fisiologicamente neutro, possa modificar as queixas de um doente ou mesmo, o que é mais duvidoso, o curso fisiopatológico de uma doença, foi integrada em boa parte dos estudos de ciência clínica. Quando estes estudos envolvem fármacos, a comparação entre o efeito do medicamento verdadeiro e o efeito do placebo tem de ser demonstrada, para o ensaio ser considerado positivo. Ou seja, não basta que um medicamento melhore o doente para ser considerado eficaz. Tem de levar a melhoras mais expressivas que o agente neutro - o placebo.
Para que se aceite um medicamento é importante que, durante o estudo clínico, o placebo seja aparentemente igual ao medicamento em termos visuais, de paladar, etc, que o doente não saiba se está a tomar o placebo ou o medicamento e que o próprio médico desconheça esse facto. Nalguns estudos até os matemáticos que fazem a análise dos dados, não sabem que grupo de doentes tomou o medicamento e que grupo tomou o placebo.
Como se vê o argumento de que quando as pessoas tomam um determinado remédio melhoram, não é suficientemente forte para que os médicos aceitem esse tratamento como demonstrado.
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