A MEDICINA INTERNA NÃO EXISTE
argumentário cumulativo CON
1) A Medicina Interna desaparecerá no mesmo dia em desaparecer o curso de Medicina e nascerem os cursos de Endocrinologia, Nefrologia, Intensivismo...
2) A antevisão do fim da Medicina Interna fazia parte de um mundo em vias de extinção - o mundo do deslumbramento com a tecnologia e a ilusão de que a TAC, o Ecocardiograma, a RM e mil sucedâneos nos diriam o que os doentes tinham sem margem para dúvidas. Lamento anunciar mas as peças de xadrez continuam a não jogar sozinhas.
3) Se a Medicina Interna não existe qual é a especialidade do Dr. House?
4) A Medicina Interna continua central e com sentido enquanto à habitual expressão dos Cardiologistas "isto não é do coração" (ou dos Pneumologistas dizendo que não é do pulmão, ou dos Nefrologistas dizendo que não é dos rins, ...) se continuar a suceder que não pode dizer "isto não é de Medicina Interna". É que não ser de Medicina Interna só pode significar não ser da Medicina.
5) Como que facilidade um subespecialista diagnostica uma doença que se apresenta com sintomas ou sinais de outro órgão? Por exemplo, o doente que emagrece por caquexia cardíaca não pede ajuda ao cardiologista, pede ajuda a quem se dedica à perda de peso. Ora esse médico, suponhamos que um endocrinologista, muitas vezes não sabe cardiologia que chegue para detectar com fiabilidade uma insuficiencia cardíaca não congestiva.
6) Se a sobreposição de competências é reconhecida entre especialidades (cardiologia nuclear entre a Medicina Nuclear e a Cardiologia, Análises Clínicas entre Patologia e Farmácia, cirurgia da mão entre Ortopedia e Plástica) porque suscita dúvidas a especialidade da sobreposição: a Medicina Interna?
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